Chico toca seu lógico
enquanto o relógio cai
e o tempo manda lembranças.
A noite não sabe das danças
pelas que passam as mágicas
de um pensamento que não sai.
Lembro dos remotos lapsos de sim,
da ausência de amores sem fim
e da finalidade dos dias bêbados.
Nesta jornada que por fim se esvai
apenas desejo o sono das crianças.
Que o vivo presente não sofra
com o remanso dos futuros, e
Que ao passar, a cadência não lute
contra a dissonância das mudanças.
Que não te ponhas de luto
pelas mortes que vais enfrentar.
Que não temas num dia distante
o poder da liberdade de mudar.
Ernesto Molinas
11/05/2011