Rio de amanheceres oclusos,
de longas noites veladas,
de um louco amor inconcluso,
de tantas cruzes e tantas espadas.
Rio que alimenta meu ego,
que usurpa meus sentimentos.
Ainda que pouco ou mal te enxergo,
faço dos teus ruídos meus acalantos.
Rio de muitas danças e cirandas,
terra de meus nortes e nordestes.
De onde vêm estas mudanças
que propagas sobre minhas vestes?
Rio caudaloso de lapsos,
de tristes e difíceis compassos.
De naus queimadas estás cheio
e podes contar a minha no meio.
Ernesto Molinas
06/07/2011
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