Entre neblinas e pequenos bacilos de luzes trepidantes que parecem representar meus pensamentos na cálida escuridão violeta dos olhos fechados, se vão minhas horas de sono.
Tento mentalizar e compreender o formato e as representações dessas luzes enquanto minha mente se converte em algo psicodélico onde o raciocínio se perde pelo rápido e excitante jogo de imagens.
Ponho-me na inverossímil posição de expectador passivo do meu inconsciente consciente; onde vejo dias, semanas, anos e vidas inteiras passarem sob forma de esfumaçados rostos, raios de luz e imagens semi-simétricas que se engendram sob o meu saboroso desfrute reprimido.
Acordo deste estado para poder dormir e percebo ter trocado todo o prazer do absurdo que me satisfazia por algumas horas de sono que de nada me servem, mas que continuam a me devorar silenciosamente.
Ernesto Molinas
2x/06/2007
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