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Criado por céticos, radicado no pragma, exilado na poesia.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Dans le Froid de l'Enfer

A serenidade destes tempos esquizos
Faz-me estraçalhar os dentes contra os frisos.
Arrepios de frios escaldantes, docemente providos
Pelas sutis caldeiras de um inferno congelado.
Tempos modernos vencidos, laçados à eternidade.

Delícias insólitas formando banquetes indecifráveis,
Forjados a fogo pelas rudes mãos de cozinheiras analfabetas.
Lapsos de sim, ausência de amores sem fim.
Pastilhas para não sonhar!!!
Liquidação em todas as salas da Universidade.

Inocentes crianças verdes, semeando as gemas da maldade,
dizem NÃO ao desmatamento dos bosques da alienação.
Palavras de ordem induzindo o mais absoluto caos.
Versos brancos ansiosos por retificação.
Chuvosos desertos de pluviógrafos mijados.

Enquanto isso, pelas avenidas de minha cidade, passeiam
Doces mentiras de mini-saias, assediadas pelo duro pau da verdade.

Ernesto Molinas

11/11/2009

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