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Criado por céticos, radicado no pragma, exilado na poesia.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Pobre Serafim


Enquanto os conhecimentos se refazem,
Admiro meus sentimentos que se esparcem.
Quanto mais logia pensativa busco ter,
Menos se aclara a razão de meus não-sentimentos.

Os amores de ontem, hoje são dores
Que carrego em minh’alma aturdida.
Pessoa não mais está em mim.
Enquanto isso, uma estranha forma de ódio, sim!

Dado isto, não anseio outro fim,
Que não o de um pobre Serafim.

Indago-te!

Oh, odioso Deus da eternidade,
Sabes tu, o que serei de mim?

Ernesto Molinas

26/09/2010

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