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Criado por céticos, radicado no pragma, exilado na poesia.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Duchnessless

Fino espasmo, cretino susto,
Amor não concluso.
Lábios ardentes de lapso,
Vazio que preenche de dor,
O infinito deixado por mil lampiões sem gás.
Leve brisa que de longe atiça
A velha brasa de minh’alma sem paz.

Sentimento que já não sei se carrego comigo.
Souvenieres febris que comparto contigo.
Lampejo de memória, fraco, lento,
Que se desfaz sutilmente ao soprar do vento.
Bolero platônico marcando os centos de compassos
De uma realidade tão fiel quanto o maço
De cigarros mofados que não fumei.
Interminável, como o abismo sobre o qual me joguei.

Ernesto Molinas

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