A ansiedade da iminência se incorpora.
Os personagens em polvorosa se apresentam.
A vergonha e os cruzados vão embora.
Enquanto na multidão, os imutáveis se lamentam.
Ante a câmara, o escuro mudo impera.
A expectativa, não há quem não a tenha.
No clarão de pólvora sem demora,
Uma invertida realidade se desenha.
Fora do manto negro que os ocultava,
Os encandeados olhos do que opera
Se deparam com a realidade que inventara,
Invertida, vertendo da mais pura treva.
Volta ao breu com brevidade, o pensamento
Permeando as entranhas da mais longínqua brenha.
Ernesto Molinas
02/05/2010
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