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Criado por céticos, radicado no pragma, exilado na poesia.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Reverberação

Sepultado sob tristes capas de solidão
Jaz o poeta que sofreu o calvário da indecisão.

Um a um, foram pagos os seus pecados;
Uma a uma, caíram suas sódicas lagrimas.

Como as montanhas de livros do passado
Rasgados, empilhados e maltratados
Arderam todos os seus medos e virtudes.

E então, se viram todos os seus idílicos personagens
Por última vez reunidos numa eterna empreitada
Com destino ao mar sem fim da alienação.

Da cova, o pranto; do pranto, o riso, o assombro e a constante mutação.


Ernesto Molinas

19/8/2008

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