Ave atque vale Maria, que hoje estás cheia de graça.
O senhor que é convosco não deve demorar.
Bendita sois vós entre as damas desta noite.
Um futuro aborto, o fruto que levas no ventre.
Ave atque vale Maria, mãe deste pequeno deus,
Livrai-o da crucifixão, da dor deste longo adeus.
O pão que não tens nos teus dias,
Não poder-lhe-as dar, nem hoje, nem amanhã.
Mas antes de ir...
Protegei-me da solidão e consumemos este doce
Pecado, sem medo, sem o enredo da submissão.
Sem culpa, ritos, rezas, imagens ou procissão.
Ideologicamente limpo de conceitos e determinismos.
Repleto de existencialismo, em fuga da alienação.
Ernesto Molinas
24/06/2009
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