Renascença, trança fina,
Ilumina minha sina.
Faz-me triste esta ausência,
Apenas idéias em vã cadência.
Sem o rico nexo lógico
Da certeza óbvia da ideologia.
Revigora-te doce ópio,
Minha vida de hedonismo.
Sacia minha vontade de prazer,
Enche minha rede, faminta de tanto peixe querer.
Ilumina com tua dourada luz molhada de fim de tarde,
A brevíssima obturação de minhas lentes a espreita da felicidade.
Pensamentos inscritos em esferas de saudade,
Atingindo os longínquos bordos maciços da eternidade.
Saborear a simplicidade do estar e não ser
Do profundo saber debruçado sobre areia
À espreita do desconhecido que está por acontecer.
Uma vez sanado o paradoxo da sereia.
Erupção de vida brotando pouco a pouco do emaranhado de algas,
Enevoando o pensamento inundado de água salgada.
Expectativa pelas viris barbatanas prateadas
E os desesperados saltos dos camarões ante a encurralada.
Qual todos aqueles velhos, belos, pequenos e grandes guerreiros do mar quero ser.
A esperar as rajadas de minha vida que estão por vir das mesmas turvas águas.
Viva à vida de onirismos,
Viva La muerte cuando venga!!!
Ernesto Molinas
24/06/2009
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