Se o canto fosse espanto
E o fomento remetesse o tormento
Da sangria desvelada.
Seria eu apenas uma pobre criatura
Amadora dos sentimentos extremos?!
Seria a cética expressão da realidade!
Um interior de dureza impenetrável
Me arranharia a pele e as tripas.
O sofrimento seria, então, a razão de meu canto;
Um melancólico estribido emitido em vã louvação.
A luta travada entre trancos e retorcimentos
Inundaria meu ser de imaculada luminosidade.
A dor é a mais bela e absoluta prova
De que estamos vivos.
Ernesto Molinas
06/01/07
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