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Criado por céticos, radicado no pragma, exilado na poesia.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Vivo?


Se o canto fosse espanto
E o fomento remetesse o tormento
Da sangria desvelada.

Seria eu apenas uma pobre criatura
Amadora dos sentimentos extremos?!

Seria a cética expressão da realidade!
Um interior de dureza impenetrável
Me arranharia a pele e as tripas.

O sofrimento seria, então, a razão de meu canto;
Um melancólico estribido emitido em vã louvação.

A luta travada entre trancos e retorcimentos
Inundaria meu ser de imaculada luminosidade.

A dor é a mais bela e absoluta prova
De que estamos vivos.

Ernesto Molinas

06/01/07

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